A equipe técnica da Cáritas realizou, no PA Santa Marta e no PA São Miguel, apresentações sobre a importância do cultivo de sementes crioulas.
Sementes crioulas são aquelas sementes produzidas, melhoradas e conservadas por uma família de agricultores e que assumem características próprias sem perderem sua qualidade. Como são adaptadas a ambientes locais são mais resistentes e menos dependentes de adubação química ou agrotóxicos. Elas contribuem para a diversidade alimentar e para a biodiversidade dos sistemas de produção.
No entanto, a preservação desse tesouro genético está ameaçada pelo avanço das sementes transgênicas. Segundo levantamento realizado pela AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia, quase 130 variedades de milho crioulo podiam ser encontradas há 10 anos na região Norte do Paraná. Atualmente, é difícil encontrar mais de 50 variedades.
Apesar disso, o Brasil vem resgatando a cultura de preservar e estimular a produção de sementes crioulas, se tornando referência para a América Latina.
Na apresentação da equipe da Cáritas, a Tecnóloga em Produção de Grãos, Geyse Elen, falou das técnicas de produção, os processos aplicados no manuseio, métodos para realizar a colheita, estratégias de armazenamento, funcionamento das casas de sementes, além de uma demonstração de como ser um guardião das sementes.
Para Geyse, “além de produzir alimentos livres de agrotóxicos, as sementes crioulas são uma garantia a segurança alimentar e evita intoxicações causadas pelo manuseio de venenos”.